Vinte e sete projetos do Escolhas participam na Semana Justiça para Tod@s
Uma iniciativa que visa a promoção dos valores democráticos colocando a Educação para a
Justiça e o Direito (em especial os Direitos Humanos, direitos das
minorias e não discriminação) como ferramenta cívica fundamental
num Estado-de-Direito.
Esta semana foi antecedida de várias ações preparatórias, sessões de sensibilização, divulgação, workshops e jogos de simulação de um caso em Tribunal, dirigidas a jovens, entre os 12 e os 25 anos.
Procura-se dar particular atenção a grupos desfavorecidos, grupos de risco e grupos sujeitos a discriminação (designadamente jovens com medidas tutelares educativas, imigrantes, etnias minoritárias, reclusos, ex-reclusos, jovens em risco).
A título de exemplo, esteve esta manhã no Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa um grupo de jovens do projeto Agir a Fazer o Futuro E5G, que protagonizaram um julgamento sobre um caso de violência no namoro.
Vários puderam desempenhar papéis reais no julgamento, de advogados a magistrados do Ministério Público, testemunhas e réu.
No final ficaram a saber pela juíza de direito que presidiu ao “julgamento” que o caso ali descrito não entrava no crime de violência doméstica, como os jovens pensavam, mas nos crimes de injúria e de ofensa à integridade física simples.
Para esta magistrada, Ana Carvalho, tratou-se de uma experiência muito positiva pois “tudo o que os tribunais possam fazer para aproximar as pessoas da sua missão e desmistificar o que ali se passa ajuda é meritório” podendo até ter um efeito preventivo.
Diana Medeiros, psicóloga do projeto, conta que esta foi uma atividade a que os jovens aderiram com especial entusiasmo e muita curiosidade, tendo estado até à véspera, a preparar os seus papéis.
O Telmo, que fez de réu, disse ter gostado muito até porque “nunca tinha visto como era um julgamento” e foi mais simples do que pensava.
A Marta fez de magistrada do Ministério Público e confessa que ali chegou “um bocado assustada” mas depois entrou na sua personagem e sentiu-se muito bem. Ao ponto de planear agora “saber mais sobre o curso de direito”.
Para o Mateus, que fez de advogado, foi uma “manhã fixe e uma grande oportunidade para fazer uma coisa que não está ao alcance de todos”.
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